Desde 17 de Julho, cerca de 500 pinguins da Patagónia têm visitado as praias da Bahia, no Brasil. A situação é pouco usual e poderá estar relacionada com o fenómeno climático La Niña.
Nem só os veraneantes e turistas ávidos de calor tropical procuram o nordeste brasileiro, também os pinguins-de-Magalhães, estão a afluir às praias, provenientes do Estreito de Magalhães, no sul da Argentina. As aves são trazidas pelas correntes marítimas para diversos pontos do litoral baiano como Salvador, Morro de São Paulo, Ilha de Itaparica e Ilhéus.
"Desde 2001 que não víamos um pinguim por aqui. Agora, desde 17 de Julho chegaram cerca de 500 animais", confirmou a bióloga Sheila Serra, coordenadora do Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA) da Bahia.
Luciano Reis, coordenador do centro de acolhimento de aves do IMA refere esta situação pouco usual poderá estar relacionada com "o fenómeno climático La Niña, as aves podem ter perdido a rota migratória e vieram aqui parar", justificou, citado pela UOL.
Os pinguins chegam ao litoral muito debilitados e desidratados, muitos dão à costa já mortos. Face a este problema, as autoridades brasileiras desdobram-se em criar centros de recuperação destas aves.
Esta semana, o IMA denunciou que vários moradores da zona estão a tentar vender pinguins ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ciberia
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