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domingo, 15 de junho de 2008

Pensamento profundo - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...

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Hoje, trago-lhes este soneto imortal e intemporal de Luís Vaz de Camões. "Mudam-
se os tempos, mudam-se as vontades", mas esta poesia reflecte uma realidade imutável: o facto de que a realidade está sempre em constante mudança.

Confuso? Incoerente? Talvez nem tanto...

barra violeta

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o Mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,

Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as mágoas na lembrança,

E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,

Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,

Outra mudança faz de mor espanto:

Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões...


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