Convento destinado a acolher as Clarissas vindas do inundado Convento de Santa Clara-a-Velha. Fica na Freguesia de Santa Clara, margem esquerda do rio Mondego, na parte média superior do Monte da Esperança, em posição sobranceira ao mosteiro novo de S. Francisco.
A sua construção iniciou-se a 3 de Julho de 1649 sob plano riscado pelo engenheiro-mor do reino e professor da Universidade, Frei João Torriano.
Em 29 de Outubro de 1677, fez-se uma grande procissão a partir do convento velho, para trasladação da Rainha Santa e mudança das freiras para o convento novo.
A igreja, construída pelo arquitecto régio Mateus do Couto, ficou pronta em 1679 e foi sagrada a 26 de Junho de 1696.
O túmulo de prata da Rainha Santa foi colocado no altar mor a 3 de Julho de 1696.
O interior da igreja, de uma só nave, apresenta uma cobertura com abóbada aquartelada.
A cabeceira é formada por uma grande ábside onde está a estátua polícroma de Santa Isabel esculpida por Teixeira Lopes (século XIX) e o túmulo de prata que contém o corpo da Rainha Santa...
No retábulo vêem-se talhas barrocas.
As telas alusivas à vida da Rainha Santa são da primeira metade do século XVIII. De referir dois belos túmulos góticos de gosto coimbrão onde estão a Infanta D. Isabel, filha de D. Afonso IV, do lado esquerdo e a filha do Regente e Duque de Coimbra D. Pedro, do lado direito.
Trazido do Convento de Santa Clara-a-Velha, o túmulo da Rainha Santa, exposto no coro baixo, de grandes dimensões, é obra de Mestre Pero, da primeira metade do século XIV.
Importante ver as alfaias de prata e outros objectos de culto expostos no coro alto.
É igualmente digno de ser visto o cadeiral com 78 cadeiras, datado da primeira metade do século XVII, As paredes laterais estão guarnecidas por retábulos vindos de Santa Clara-a-Velha, com excelente trabalho de talha e pinturas maneiristas.
O claustro, de grandes dimensões, importante obra de estilo barroco, da primeira metade do século XVIII, foi riscado pelo arquitecto Carlos Mardel que também é o autor da portaria do convento. Aqui funcionam o Batalhão de Serviços de Saúde e o Museu Militar.
Em todo o conjunto são de salientar: o Retábulo da Capela-Mor, em talha dourada, onde se encontra o Túmulo da Rainha Santa, em prata e cristal e uma imagem de Santa Isabel, policromada, da autoria de Teixeira Lopes e que foi oferecida pela Rainha Dª Amélia; os dois Túmulos Góticos, localizados junto às grades do coro: o do lado norte é da Infanta Dª Isabel, filha de D. Afonso IV, e o do lado Sul destinou-se inicialmente à esposa de D. Pedro, Duque de Coimbra, mas hoje aí jaz uma das suas filhas; merecendo especial destaque o Túmulo de Pedra da Rainha Santa, executado por Mestre Pero, em 1330. É uma obra talhada num único bloco calcário, assente em seis leões de pedra e profusamente lavrada. Num dos nichos é visível a figura de Santiago "Mata Mouros", o que atesta a qualidade de Peregrina da Rainha Santa e na estátua jacente está ainda representado o seu bordão de peregrina. A caridade que marcou a sua vida é simbolizada pela bolsa de esmolas que Mestre Pero talhou na pedra; o Claustro, da autoria do Húngaro Carlos Mardel, data de 1733; os púlpitos de pau-preto, as grandes janelas rectangulares que iluminam o coro alto, os arcos-altares com telas e grades em ferro, os conjuntos azulejares de diversas épocas, vários retábulos em talha, o cadeiral do século XVII e o órgão, datado do século XVIII.
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