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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Rjukan, a aldeia que fintou a natureza com espelhos gigantes voltados para o sol


Aldeia de Rjukan, mergulhada no fundo de montanhas norueguesas, não vê a luz do sol, por culpa da mãe-natureza. Espelhos gigantes foram a solução encontrada, espelhos que refletem o sol e a ideia luminosa de Martin Andersen, um artista local, autor do projeto.

Rjukan e os seus 3500 habitantes não veem um único raio de sol entre setembro e março, por culpa de montes gigantes que a rodeiam. Mas das trevas se fez luz, com uma ideia luminosa de um artista local: colocar espelhos no topo da montanha, que refletem a luz solar para a pequena aldeia que vive no fundo de um vale no sul da Noruega.

Três espelhos já estão instalados e em funcionamento, através de um controlo remoto. Resultam de uma ideia e de um projeto de Martin Andersen, um artista norueguês que reside na aldeia sombria.

Da ideia se fez luz, não sem antes a polémica discussão sobre o projeto. Em causa estaria o investimento de dinheiros públicos na colocação de espelhos voltados para o sol. Mas a verdade é que o rigor da Noruega embateu numa ideia paralela: procurar investidores que apoiassem o projeto.

E assim mais de 80 por cento dos 610 mil euros que os espelhos gigantes custaram foram suportados por apoios que retiraram peso do erário público norueguês.

Agora, Rjukan vê a luz do sol, refletido do topo dos montes, a 400 metros de altitude. Os óculos de sol voltaram a sair da gaveta, para gáudio do autarca local, Steinar Bergsland, que considera que “se realizou o impossível” – colocar o sol a brilhar no mais profundo vale da região.

Para inaugurar o projeto, uma música a condizer: “Let The Sun Shine” [Deixe-se o Sol Brilhar]. Lá no alto, três espelhos com 17 metros quadrados voltam-se para o sol e acompanham-no na sua viagem aparente.

Rjukan espera tornar-se património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 2015. A candidatura foi entregue e o argumento é o engenho do Homem para superar as vicissitudes da natureza.


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